quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Texto Fatiado


Objetivos:

  • Estruturar textos de forma coerente e coesa.
  • Refletir sobre os elementos responsáveis pela coesão dos parágrafos e construção do sentido do texto.

Ponto de partida: Texto completo



Texto: Uma lição de bruxaria


Giselda Laporta Nicolelis, Petrópolis: Vozes, 1994. (fragmento)
        
                    Certo dia, a vó me convidou pra passar o fim de semana com ela.
               Disse que preciso aprender a fazer bruxarias, porque já tenho onze anos, e com dezoito vou virar uma bruxa de verdade.   Não posso perder tempo só brincando...
              A vó já tinha trazido todos os ingredientes do supermercado das bruxas: língua de lagarto, asa de morcego defumada, sapo de todo o tamanho, fios de cabelo, gatos pretos, urubus, poções mágicas... Tinha coisa que não acabava mais.
              Até um caldeirão novo — todo de cobre reluzente — a vó fez questão de comprar. Disse que o caldeirão que ela usava estava meio rachado. Também, pudera. Quantos anos ela usa o mesmo caldeirão? Precisava mesmo ser aposentado.
              Então... A lição começou. Muito compenetrada, a vó começou a bruxaria: acendeu o fogo, pôs o caldeirão novo sobre ele e, lendo aquele livro velho, todo cheio de teias de aranha, foi pondo os ingredientes no tal caldeirão e explicando para que servia cada um.
             Logo aquilo tudo começou a borbulhar, a ferver, a levantar fumaça, e a vó botando coisa... Aí eu perguntei:
            — Será que vai dar certo vó?
            — Quieta, menina, a bruxa aqui sou eu! — disse a vó.
            E o caldeirão borbulhando, e a mistura subindo... Acho que a vó, no entusiasmo da primeira lição, tinha feito uma bruxaria forte demais para o caldeirão novo.
            Foi aí que eu ouvi um estalo e, como se fosse um terremoto, tudo começou a tremer à nossa volta...
            — Foge vó! — berrei.
            Só deu tempo da vó agarrar o livro de receitas e saímos voando na vassoura de estimação. Sorte nossa! A explosão foi tão9 grande que o castelo — BIMBA! — veio abaixo, como se fosse de cartas.
            — Não se fazem mais caldeirões como antigamente... suspirou a vó, desolada.
            Depois disso, a vó ficou pensativa, por um longo tempo. Só bolando uns planos esquisitos. 
           Agora quer ser uma bruxa moderna, superequipada. Diz que — depois de reconstruir o castelo, pedra por pedra — em vez de caldeirão, só vai usar forno de microondas. E também vai mandar colocar um motor a turbina na vassoura de estimação.
           Ta falando até — imagine só! — em trocar o velho livro de receitas por um computador...
           Cá entre nós: não é moleza aprender a ser bruxa. Mas que é divertido, ah isto é!


Texto fatiado e embaralhado:




É  necessário xerocar o texto em uma folha mais resistente do que a sulfite, depois é preciso recortar e montar um jogo para cada dupla ou trio da turma. Coloque os pedacinhos de texto em um envelope.

Estratégias:

  • Organizar os alunos em duplas ou trios e entregar um envelope com texto embaralhado para cada grupo. Em seguida, oriente os alunos sobre a importância de observar atentamente cada parágrafo antes de montar o texto. Durante a realização da tarefa, observe as hipóteses levantadas pelos alunos para no momento da correção retomar dúvidas quanto à coesão e sentido do texto.
  • Realizar a correção oralmente e anotar na lousa as hipóteses e dúvidas da turma. Em seguida, entregue um texto completo para cada grupo e deixe que façam as correções e compreendam as escolhas do autor.
  • Retomar estudo sobre coesão e uso dos sinais de pontuação para construção dos sentidos do texto a partir do desempenho da turma.

Sugestão de atividades após a montagem do texto:

1) Propor questões para interpretação oral e escrita;

2) Sugerir que os alunos proponham um novo final pra historia;

3) Coisas do Passado... Coisas de Hoje
Objetivo: Comparar  os objetos do passado com os atuais, percebendo as alterações tecnológicas que ocorreram.
Estratégias:
  • Os alunos deverão fazer no caderno duas colunas: Cabeçalho 1ª coluna: Coisas do passado; 2ª coluna: Coisas de hoje. 
  • Salientar no texto objetos que a bruxa utilizava em seu dia-a-dia e para fazer suas magias e escrevê-los na 1ªcoluna.
  • Escrever na 2ª coluna como seria este objeto nos dias de hoje.
  • Pesquisa em casa com as pais no que se usava antigamente e como é agora. Em sala de aula, os alunos farão uma lista com objetos do passado pesquisados e como são os atuais. A lista poderá ser ilustrada com fotos ou desenhos, para que possam fazer comparação entre os objetos do passado e os atuais.
Intervenção pedagógica

- O que a Bruxa Macriméia usava? Vocês conhecem estes objetos? Vocês viram algum deles? Como estes objetos seriam hoje em dia? Por que eles seriam diferentes? O que vocês sabem sobre a palavra tecnologia? O que vocês acham que esta palavra representa? Os objetos utilizados pela Bruxa Macriméia são antigos ou atuais? Se tivéssemos que encontra-los para dar a Bruxa Macriméia, hoje em dia, o que encontraríamos? Que outros exemplos de objetos eram utilizados no passado e que foram substituídos por mais novos? Somente os objetos modificaram com o tempo? Alguém sabe mais alguma coisa que se modificou com o tempo? Como será que a Macriméia escrevia no passado? Que tipo de material ela usava para escrever? E agora como ela escreveria? Como seria a letra?Que tipo de material seria? Como eram os livros no tempo da Macriméia? E no tempo da neta da Macriméia? Qual tempo dos personagens que mais se parecem com o de vocês? O que tem de parecido?

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Beijo, beijo!

Lauandah Antunes





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